Domingo à noite carrega uma nostalgia suave — a despedida do descanso e o prenúncio da rotina. É justamente nesse intervalo entre o fim e o começo que encontramos espaço para um ritual simples e profundo: jazz no som, uma taça de vinho na mão, e a alma em repouso.
Hoje, deixamos a pressa de lado. Escolhemos um Chardonnay leve e amanteigado, que combina com a luz dourada do entardecer, ou talvez um Pinot Noir elegante, que sussurra histórias antigas enquanto o saxofone preenche a sala. Na vitrola (ou na playlist), Chet Baker ou Elis Regina com Tom Jobim — vozes que não pedem atenção, mas que a conquistam com ternura.
Esse momento é sobre pausa. Sobre respirar fundo e saborear o tempo. É sobre lembrar que o silêncio também tem melodia — e que a vida, como o jazz, é feita de improvisos.
Então, antes que a segunda-feira comece, sirva-se com calma. Acenda uma luz baixa, abra o vinho com carinho e deixe o jazz fazer o resto.
Boa noite, e um brinde à beleza dos finais suaves.
Até a próxima taça.